SANTO DEVASSO
Zé Alexandre - Luciano Thel
Quando revelo meu monstro
Sou muito mais santo
Quando apresento meu anjo
Escondo meu avesso
E se tem caminho
Pego o primeiro atalho
Assim atravesso trevas
Me atrevo
Sem tropeço
Cada passo não tem fim
O meu canto é estilhaço
Retalhando a começar por mim
De esbanjo e recomeço
Desprezo valsa chinfrim
Assovio outro frevo
Enfim
E em meu colo, sentados
Dois seres colados
Destilo o apreço
Que neles eu boto
Revelados e unidos
Um santo devasso
E um monstro, seu devoto